Ranking do IDH 2010

 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é calculado a partir de três pilares: educação, saúde e renda. 

A medição da saúde não sofreu alterações em 2010, e ainda é avaliada a partir do indicador “expectativa de vida”. 
No caso da educação, a antiga variável “alfabetização” foi trocada por “anos médios de estudo”, e o dado “matrícula” foi substituído por “anos esperados de escolaridade”.
A medição do padrão de vida também sofreu alteração: o antigo Produto Interno Bruto per capita foi trocado pela Renda Nacional Bruta per capita, que leva em conta renda enviada e recebida do exterior.
Os índices parciais são multiplicados e o resultado é submetido a radiciação cúbica, na chamada média geométrica. A vantagem matemática é que países com resultado moderado nos três índices obtém nota final maior do que países com resultados parciais muito desiguais.
O BRASIL E A AMERICA LATINA

Os dados da educação também mostram um grande avanço. A perspectiva era de 7,2 anos de estudo para brasileiros acima de 25 anos. Hoje é de 13,8 para quem está entrando agora na escola. O sistema educacional está sendo transformado, embora ainda falte bastante para o país entrar no grupo do IDH muito alto", analisou o economista do Pnud, Flávio Comim.



O Relatório de Desenvolvimento Humano aponta, no entanto, que os resultados referentes à área da educação puxaram para baixo o índice brasileiro, que ficou abaixo da média latino-americana, de acordo com a nova metodologia aplicada. 


A população brasileira registra 7,2 “anos médios de escolaridade” entre os adultos, e 13,8 “anos esperados de escolaridade” para as crianças. Os dois valores entram no cálculo do IDH – e nos dois o Brasil vai pior do que os vizinhos Chile (9,7 e 14,5), Argentina (9,3 e 15,5), Uruguai (8,4 e 15,7) e Peru (9,6 e 13,8).


Na comparação exclusiva com Peru, estes resultados foram o elemento decisivo para que o Brasil tivesse um IDH mais baixo que o país andino, já que a expectativa de vida é semelhante, e a Renda Nacional Bruta per capita peruana é mais baixa do que a brasileira. Esses dois dados entram junto com as variáveis da educação no cálculo do índice.


Uma simulação feita a partir do banco de dados do Pnud (http://hdr.undp.org/en/data/build/) confirma que entre os fatores renda, saúde e educação, é no último que os brasileiros têm desempenho mais fraco. Se o IDH levasse em conta apenas a questão da escolaridade, a posição do Brasil no ranking mundial passaria de 73 para 93.


"A situação dos outros países não mudou desde que o primeiro IDH. O que mudou foi a distância do Brasil para os outros países. A Argentina registrou um IDH alto 20 anos antes do Brasil e hoje o Brasil está na mesma categoria. Existe um atraso histórico do Brasil que vem mudando nos últimos anos, especialmente porque a pobreza diminuiu", explicou Comim.


Segundo ele, países como o Peru e a Guatemala podem ser mais pobres em termos de renda, mas são mais avançados no sistema educacional, por exemplo. "No Brasil, existe um nível superior de excelência, mas o resto da educação é ruim. Há muita desigualdade", disse.
Fonte:http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2010/11/04/brasil-e-o-pais-que-mais-avanca-apesar-da-variavel-educacao-puxar-idh-para-baixo.jhtm

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